XI CICTED incentiva a ciência desde os primeiros anos escolares

26/10/2022

CICTED, Pesquisa, Colégio UNITAU

Idade avançada e isolado em laboratórios: esse é um dos estereótipos de um cientista. Contudo, essa ideia não condiz com a realidade. O XI Congresso Internacional de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento (CICTED) da Universidade de Taubaté (UNITAU) demonstrou que a pesquisa científica deve ser estimulada desde os primeiros anos de vida e pode ser desenvolvida por todos.

Crianças e adolescentes, da educação infantil ao ensino médio, tiveram a oportunidade de apresentar trabalhos no Encontro de Iniciação Científica (ENIC) do CICTED, dentro das categorias Baby, Kids, Teens e Jr. O desenvolvimento das pesquisas demonstra que o método científico estimula estudantes a aprimorarem o senso crítico desde cedo, fazendo-as questionar a realidade ao seu redor.

Buscando incentivar a pesquisa nos anos iniciais de formação dos alunos, o Colégio UNITAU abriu as portas para as categorias iniciais do XI CICTED, de Baby e Teens. “As crianças trabalham o lado investigativo e não só de conformismo com a informação desde pequenos, isso é essencial para a formação não só como estudante, mas também como cidadão”, pontua a Profa. Esp. Natalie dos Santos, docente do 3º ano do ensino fundamental da Escola.

O auxílio e o incentivo dos professores no processo científico das crianças são essenciais. Enzo Ribeiro, aluno do 4° ano do Colégio UNITAU, agradeceu o apoio que recebeu da Profa. Esp. Tiemi Silva. “No começo, a pesquisa foi difícil, mas com o tempo a gente foi aprendendo e a professora ajudou bastante, deu livros para ler na biblioteca e marcou as partes importantes. Ela ajudou muito”, relembra o estudante.

O efeito das folhas de bambu no crescimento das plantas de rabanete foi discutido por João Vitor Machado, aluno do 9° ano da Escola SESI de Pindamonhangaba, recomenda que outros colegas participem de outras edições do evento. “É uma apresentação muito boa de fazer, pode ajudar muito no nosso futuro. Esse trabalho fez a gente aprender sobre o método científico, escrever artigos científicos”, comenta. O projeto de João contou com a colaboração do Prof. Dr. Júlio César Voltolini, docente do Departamento de Biologia da UNITAU, que acompanhou os alunos nos trabalhos de campo e amparou as pesquisas.

Ao lado de seus alunos, Cristiane Kanjiscuk, professora de Biologia e Ciências no SESI de Pindamonhangaba, reconhece o papel fundamental do Congresso no incentivo à pesquisa. “Eu já acompanho há um tempo e ele cresceu muito. E que continue crescendo. O despertar para a pesquisa é muito importante para o aluno, e expor o trabalho num congresso científico é incrível. Parabéns para a UNITAU”, elogia a professora.

O Colégio UNITAU também abriu as portas para os familiares acompanharem o evento, presenteando-os com a oportunidade de não apenas verem os resultados das investigações das crianças, mas também aprenderem sobre os variados temas. “Essa chance de apresentar os trabalhos é muito boa para eles, ajuda no desenvolvimento e aumenta o conhecimento deles. É importante começarem na pesquisa desde já”, aponta Wander dos Reis, pai de alunos do 1° e 4° anos do ensino fundamental.

No outro lado da rua, no Departamento de Gestão e Negócios (GEN), alunos do ensino médio explicaram os resultados de seus trabalhos na categoria ENIC Jr. Entre eles estava Luiz Guilherme Cavalieri, estudante do 3° ano do ensino médio do SESI de Pindamonhangaba. Ele é grato ao professor Júlio César Voltolini pelo amparo no projeto e destaca a relevância de atividades ligadas à pesquisa e ao trabalho em equipe nas escolas. “Projetos de iniciação científica são muito importantes no desenvolvimento da carreira escolar do aluno”, ressalta.

Durante o XI CICTED, foram apresentados 227 trabalhos nas categorias Baby, Kids, Teens e Jr do ENIC. A reunião de pesquisas desenvolvidas por estudantes desde a educação infantil até o ensino médio demonstra que a ciência pode e deve começar o quanto antes. “Quando os alunos são estimulados a investigar desde cedo, eles se tornarão pessoas cada vez mais críticas, desenvolvem o pensamento crítico e até mesmo a curiosidade de estudar outras coisas”, conclui a Profa. Ma. Deborah de Jesus, docente de inglês do Colégio UNITAU.

Samuel Guimarães

ACOM/UNITAU